sábado, 26 de agosto de 2017

TIPOS OU ESTILOS DO CROCHÊ

CROCHÊ TUNISIANO

Este é um tipo ou estilo e  também uma técnica de crochê, que gera um tecido bem fechado. Ele é conhecido como crochê/tricô, porque se situa entre os tecidos feitos com uma só agulha (crochê tradicional) e os tecidos feitos com duas agulhas (o tricô).


CARACTERÍSTICAS DESTE TIPO DE CROCHÊ:

1- Podem ser usados fios (lãs ou linhas) de todas as espessuras.

2- Feitos com lãs as peças ficam mais grossas e mais quentes.

3-  A agulha do ponto tunisiano é mais longa que a do crochê tradicional.

4- No crochê tradicional, faz-se uma carreira, vira-se o trabalho para iniciar uma carreira nova. No Tunisiano, a carreira de ida levanta os pontos e sem virar o trabalho, arremata-se os pontos e soltando-os da agulha, como se “andasse de marcha-ré”.

5- O crochê tunisiano é sempre trabalhado do lado DIREITO da peça.


APRENDA A FAZER O PONTO TUNISIANO

Fazê-lo é bem fácil. Tudo começa com uma correntinha no tamanho desejado. Depois, você precisará aprender estes pontos:


PONTO SIMPLES ou PONTO TUNISIANO - muito usado por ser muito fácil.

PONTO PALITO - um ponto fantasia bem fácil.

PONTO MEIA - que cria uma malha bem parecida com o ponto jersey do tricô.

PONTO TRICÔ - que é usado no avesso de ponto jersey.

PONTO DE ARREMATE -  é o ponto que finaliza cada peça.


Agora assista ao vídeo para aprender como se faz cada um destes pontos.




FICA A DICA:

Quem ficou interessado neste tipo de crochê e quiser aprender a fazer outros pontos (todos muito lindo e bem quentinhos) pode acessar o canal de Claudete Azevedo no Youtube. Ela explica muito bem e dá uma porção de dicas interessantes em seus vídeos


QUE PEÇAS SE PODE FAZER COM O CROCHÊ TUNISIANO?


E com este tipo ou estilo de crochê você poderá fazer: 



                                                casacos curtos ou longos 


e coletes variados




cachecóis  e gorros 


 
mantas para bebê ou para assistir Tv nos dias frios. E usando lã bem grossa, viram até cobertores para você ficar bem quentinha.



tapetes de todos os tamanhos.

Espere outros tipos. Você ficará encantada!
Até a próxima.

sábado, 19 de agosto de 2017

PONTOS BÁSICOS DO CROCHÊ

O  crochê é uma técnica de visual bonita e útil. Pode-se fazer uma série de peças que vão desde os famosos biquinhos nos panos de prato até roupas, colchas, rendas, bonecos e bichinhos para crianças e peças que completam algumas obras de arte. E assim como o tricô, também é terapêutico. Pode ser feito por homens e mulheres de todas as idades. Basta querer.

Fazer crochê não é difícil. Basta uma agulha com um gancho na ponta correspondente á grossura do fio que se quer usar e um fio de linha, lã, barbante ou qualquer outro, criatividade e boa vontade. Quanto mais fino for o fio, mais parecido com renda ficará o produto final. Quanto mais grosso ele for, o trabalho ficará mais rústico, porém, não menos bonito.

Para quem desejar aprender a fazer crochê, a Internet está repleta de sites, vídeos (no Youtube) e revistas dedicados a ensinar, passo a passo, os inúmeros pontos.


CONHEÇA OS PONTOS BÁSICOS


É  desses pontos baixos que podemos realizar todos os outros pontos que vemos nas revistas. Então, vamos lá:

Este é o PONTO CORRENTE ou comumente chamado de "correntinha". É este ponto que dá incio a todos as peças de crochê.


Veja como se faz, assistindo ao vídeo.


A seguir vem o PONTO BAIXÍSSIMO. Este ponto é quase invisível, por isso não faz volume. Ele é usado em arremates, finais de carreiras e união de uma peça na outra. Não é um ponto para fazer uma peça inteira com ele porque o trabalho não rende, ou seja, não tem volume.


Vamos conferir como se faz?




Este é o PONTO BAIXO cuja sigla em qualquer receita de pontos de crochê é "p.b". Mas também pode ser substituído pelos símbolos  x ou + e aparece em um esquema gráfico. Este ponto é serve para fazer tramas firmes e pouco elásticas porque é um ponto mais fechado.





Vejam como é feito:




O MEIO PONTO ALTO é intermediário entre o ponto baixo e o ponto alto. Este  ponto tem uma trama mais fechada, porém mais aberto que o ponto baixo porque leva uma laçada. É importante nos trabalhos de crochê porque cria um certo relevo.  Nas receitas de crochê aparece com a sigla "mpa" e nos esquemas gráficos, com este símbolo: 










Confira como é feito:


                                    


Agora vamos conhecer o PONTO ALTO. Este é o ponto mais usado no crochê porque tem melhor rendimento do trabalho por ser mais aberto que os pontos anteriores. Com ele podemos fazer inúmeros pontos fantasia, bicos em toalhas, redes, e pode sofrer variações e combinações com os pontos anteriores. Nas receitas a sigla é "pa" e nos esquemas gráficos o símbolo é este:

Símbolo ponto alto



Vamos como é feito?





VARIAÇÕES DO PONTO ALTO

A partir do ponto alto podemos transformá-lo num PONTO ALTO DUPLO. Ele é mais alto que o ponto alto comum, mas fica mais aberto também. É mais usado em crochês rendados. Sua sigla nas receitas é "p.a.d." e nos gráficos o símbolo é este:







   Outra variação é o PONTO ALTO TRIPLO. A diferença é que se dá uma laçada a mais que o duplo. E se quiser, pode ainda fazer, se o trabalho exigir, o PONTO ALTO QUÁDRUPLO, QUÍNTUPLO etc e, para isto, sempre se dá uma laçada a mais. O trabalho fica com uma trama mais maleável e mais aberta. O gráfico é o mesmo com mais tracinhos cortando o T.

Outra facilidade do crochê é que, se precisarmos parar o trabalho em qualquer lugar por horas, dias ou semanas, ao recomeçarmos não se nota qualquer diferença como acontece no tricô.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

O CROCHÊ


Há pessoas que afirmam não gostar de crochê. No entanto, outras adoram e eu sou uma delas. Seja como for, o crochê é algo bonito de se ver e ter. Sua utilidade é grande e variada.

Segundo alguns pesquisadores, o termo “crochê” tem origem no dialeto nórdico, que significa “gancho” e se refere ao formato da agulha que puxa os pontos ou laçadas que confeccionam as peças. Segundo outros, o termo tem origem numa palavra francesa, o “croc”, cujo significado  é o mesmo.

Sua origem também é bastante controversa. Para alguns historiadores, o crochê foi criado na pré-história. Para outros ela surgiu e se desenvolveu a partir do século XVI e na Europa. O escritor Lis Paludan tentou descobrir em que país ou região da Europa isso se deu, mas não obteve sucesso. Porém, sua pesquisa (fundamentada em teorias) nos leva a crer que, provavelmente, seja originária da Arábia e depois levada para a Espanha pelas rotas de comércio entre o Ocidente com o Oriente.

Antropologistas descobriram que essa técnica de tecer era muito usada na China para a fabricação de bonecas. Outros afirmam que, peças de crochê eram usadas nos rituais da puberdade por alguns dos povos primitivos da América do Sul.

Outra teoria sugere que o crochê teve sua origem na técnica de costura chinesa. Técnica que se difundiu pelo Oriente Médio e chegou a Europa por volta de 1700. Mas a verdade é que ninguém sabe, ao certo, quando e onde o crochê começou.



A única certeza, durante a Renascença a técnica do crochê foi aprimorada, adquirindo melhor qualidade das peças. Com a Revolução Francesa, a exportação da técnica para toda a Europa, principalmente para a Irlanda, Inglaterra e Países Nórdicos. As famílias desses países, mesmo as mais nobres, passaram a usar essa técnica e foram aprimorando-a aos poucos, conseguindo dessa forma uma técnica bem mais avançada e de alta qualidade.

Os historiadores contam que, na década de 1840, o mundo sofria uma grande crise devido a Industrialização. Muito trabalhos deixaram de existir. Muitas pessoas abandonaram as lavouras e, aos poucos, o trabalho artesanal foi sendo extinto porque todos queriam trabalhar nas indústrias. Mas não havia trabalho para todos. E daí, veio a fome. E uma grave crise de fome se instalou na Europa.

Percebendo o sofrimento das pessoas, em 1846, a madre superiora de um convento teve a ideia de ensinar para as mulheres mais pobres da Irlanda a técnica do crochê. A ideia era a de ensinar para que pudessem trabalhar em suas próprias casas e, dessa forma, continuariam tomando conta dos trabalhos caseiros e ganhar o sustento da família. Essa ideia foi levada aos chefes de sua congregação e foi prontamente aceita.



E logo vieram as primeiras notícias positivas. Em pouco tempo, as mulheres de Dublim e Belfast estavam produzindo tanto, que seus trabalhos eram exportados para o mundo todo e, principalmente, para a Inglaterra.

As rendas irlandesas serviam para decorar vestidos e lingeries damulheres mais abastadas da nobreza, bem como peças para a decoração das residências como colchas, almofadas, tapetes, caminhos e centros de mesas, porta-guardanapos, tampos para vidros, etc. A produção artesanal chegou a assemelhar-se a produção de uma indústria. E pouco a pouco, o crochê foi ganhando espaço à partir de 1800.


Sabe-se que a artesã francesa, o Éléonore Riego de La Branchardiére, ensinou o crochê para as mulheres da corte da Rainha Vitória. E logo após, ela fez desenhos dos pontos de algumas peças que tinha criado e publicou-os na revista “The Needle”. Foi ela também que criou o famoso “Ponto Aujourd”, hoje conhecido como “Ponto Irlandês”.

Sabe-se também que, esses desenhos ajudaram muita gente a aprender a fazer os pontos e copiar os seus modelos. Esses desenhos dos pontos se propagaram ao longo do tempo e chegaram aos dias de hoje.   Enquanto isso, estilistas como Gaultier, Alexander McQueen, Lagergeld, Chanel, Emanuel Ungaro, Antonio Marras, Kenzo e muitos outros, fizeram uso do crochê em suas mais importantes criações.

Continua