quinta-feira, 22 de junho de 2017

A MODA DOS ANOS 90

Com os anos 90 iniciando chega ao fim os exageros da época anterior. É um tempo onde a simplicidade impera numa ideologia chamada “minimalismo”, onde o “menos é mais”. E não é só nas roupas, mas em tudo: arquitetura, na decoração, pintura e artes em geral.



Esse processo influiu e continua influindo nas roupas com o menor número de costuras possíveis e no peso das pessoas, onde a magreza começou a ser o top a ser conquistado.

Esse espírito de que ser “magro” teve origem no Japão, onde fez com que a estética da moda ocidental se propagou pelo mundo. A criatividade dos estilistas passou a criar modelos mais largos, com curvas discretas e mais simples em termos de costuras.
OS ANOS 90 COMEÇAVAM ASSIM:

Permaneciam em moda: a calça bag, os vestidos camponeses, as camisas xadrez, os tops que deixavam a barriga sequinha de fora, os macacões (estilo jardineira) e os agasalhos amarrados na cintura. E todos estes modelos podiam ser usados com tênis ou com calçados de plataforma.



Uma peça marcante dessa época foi o sutiâ cônico usado pela Madona num de seus shows. A ideia foi de Jean Paul Gaultier e foi copiado no mundo inteiro. Sua influência foi tão grande que até inspirou novos formatos para as garrafas plásticas de refrigerantes.
As "Patricinhas"
A moda jovem era a cópia fiel dos jovens que viviam em Beverly Hills. No Brasil a moda chega com o programa de televisão chamado de “Barrados no Baile”, fazendo com que muitos jovens aderissem aos “modelitos” ou looks, como eram chamados por aqui.

 
Kurt Cobein                             Courtney Love
Também não dá para falar da moda desta década sem mencionar o movimento grunge, cujas expressões eram Kurt Cobein e Courtney Love que faziam muito sucesso em Seattle com seus jeans envelhecidos e rasgados, a camisa de flanela xadrez, cabelos desalinhados, maquiagem escura e batons vermelhos, os agasalhos amarrados na cintura e a explosão dos tênis foram a marca desta época.
Nota-se que as mini-saias estão mais compridas
 (um palmo acima dos joelhos)
Outra figura importante foi Perry Ellis, que lançou uma coleção para o Primavera-Verão de 1993. Era uma moda com tecidos estampados com tons de base em preto, cinza, branco e marrom com uma mistura de saias abertas com calças compridas por baixo para as mulheres.

 


Para os homens, bermudas usadas com uma camiseta justa feita em malha e por cima, um agasalho longo e largo contrastando usada com tênis ou botas de ano curto. Esta coleção lhe custou o emprego. 


Para os mais comportados

 


 




As estampas digitais produziam imagens exclusivas e personalizadas, o que era impossível fazer com a estamparia tradicional. Uma outra vantagem dessas imagens era que o cilindro tradicional permitia apenas a impressão de 8 cores no máximo, enquanto na estamparia digital havia a possibilidade de uma infinidade delas. Uma terceira vantagem é que a criatividade não tinha limites, além de ser mais rápida e com custos mais baixos. E quanto mais exclusiva, maior era o consumo. E as peças eram vendidas a altos preços.

Jennifer Aniston e o seu “The Rachel Cut” ou Chanel

Os cabelos foram marcados por um corte repicado que dava mais movimento. Mas também podia-se usar ainda: cabelos longos ou curtos, lisos ou encarcolados tanto para os homens como para as mulheres. Mas os cortes de cabelos mais usado nessa época no mundo inteiro foi o “The Rachel Cut”, conhecido por aqui como “Chanel”.




No mundo da música, as famosas que ditaram moda entre os jovens foi o grupo Spice Girls. Além das músicas que tomaram conta do gosto jovem, elas também traziam nas roupas tubinhos impressos com as estampas de pele de animais e bandeiras com glitter. Além desse grupo, fazia sucesso a Britney Spears e Gwen Stephani com seu estilo ska-punk.

Britney Spears


Gwen Stephani

sábado, 10 de junho de 2017

A MODA DOS ANOS 80

A moda dos anos 80 foi intensa e inovadora. Lançou tendências em todos os setores de cultura, criou estilos diferenciados e algumas recriações ou releituras. Os anos 80 se mostrou com um estilo mais retrô, refletindo alegria, praticidade, versatilidade e diversão. Não faltou o toque de sensualidade, ousadia e sofisticação.


Um dos estilos dessa década foi o “fenômeno yuppie”, trazendo um visual exagerado e poderoso baseado nos jovens workaholics. Outra marca da época foram os acessórios. Não faltavam as gravatas coloridas e os suspensórios (bem característicos do estilo “yuppie”.

Foi uma época em que as mulheres entraram no mercado de trabalho. Lutavam por igualdade e competiam por cargos de chefia e executivos. O figurino usado por essas mulheres eram roupas com cintura e cós altos, ombreiras, pregas e drapeados usados no cotidiano e nos compromissos noturnos. Os tailleurs também estavam em alta. Podiam ser usados no cotidiano porque além da praticidade, davam um ar de poder e elegância.



Outra peça que teve bastante destaque foram os vestidos. Estes valorizavam a cintura feminina, com suas saias balonês e mangas bufantes ou com estampas geométricas.

Na metade da década, os grupos The B-52’s e devo influenciam a chegada de um novo estilo colorido que foi e continuará sendo inesquecível. As peças tornaram-se mais coloridas em tons cítricos, chamativos e fluorescentes em tecidos inovadores, como o stretch (que ainda usamos hoje em dia). Podia-se formar conjuntos combinando os tons ou misturá-los em uma única peça dando-lhe um toque futurista.


Os cabelos deixavam de lado os cortes tradicionais e entrava em moda os cortes assimétricos, com visual molhado obtido com muito gel e usado por ambos os sexos. Os penteados eram marcados por topetes altos e usados por homens e mulheres.


Astros como Michael Jackson e Madonna também influenciaram a moda dos anos 80, principalmente entre seus admiradores. O cantor usava jaquetas coloridas e com uma decoração repleta de zíperes e tachas metálicas que lembravam as jaquetas militares. Apesar da extravagância, tornaram-se muito populares.


Já a cantora, usava minissaias usadas com legging ou meias “arrastão”, blusas, camisas e jaquetas com ombreiras, enfeitadas com pérolas e trazia faixas de tule coloridos amarrados na cabeça. Ela usava também maquiagem pesada, olhos bem marcados e batons muito vermelhos.

Os cabelos ganhavam um visual rebelde, com penteados armados, cacheados e na altura dos ombros. Mas era chique.


A MODA DAS ACADEMIAS




Outros acessórios que não podiam faltar para completar o look dos anos 80 eram; a) os óculos Ray-Ban, usados pelos ídolos pop e do cinema e que foi um sucesso mundial; b) as roupas aeróbias ou “moda das academias” (com suas polainas, faixas nos cabelos, peças de lycra e os colantes); c) as bandanas adaptadas (marca do visual da Xuxa e do Cazuza); e os tênis usados por homens e mulheres no dia a dia. Todo colorido dava um aspecto jovial, saudável, despojado, prático e confortável, mesmo para os não adeptos aos exercícios físicos.


COISAS QUE MARCARAM ESTA ÉPOCA

Foi também a época:


da beggy e semibeggy,

 das sandálias de plástico (Melissas),

 
das ombreiras,


das mangas morcego,

das saias balonês,

 dos batons 24 horas,

dos scarpins coloridos

das mochilas carteiras de borracha

 das faixas na cabeça ou na testa,

 do decote e gola canoa,
do gel nos cabelos, do walkman, do atari, das balas Soft ( que mal cabiam na boca) e de tantas outras coisas.

Um novo comportamento se instaurou nessa época: a do corpo sadio. Não bastava estar vestido segundo os ditames da moda. Era preciso ter um corpo forte e saudável forjado pelos exercícios das academias que estavam sempre lotadas por todos os cantos do mundo. 

Os exercícios aeróbicos eram embalados por músicas vibrantes, ritmadas e dançantes. Os colants, as polainas e os agasalhos de moletom formavam o espírito desportivo. Fora das academias faziam sucesso as calças fuseau. Os mocassins e os tênis podiam ser usados com qualquer roupa e a qualquer hora.

Assista uma aula de aeróbica e pratique se quiser.

Por tudo isso, os anos 80 serão lembrados não só pelo exagero e ostentação ou pelo corpo bonito e saudável ou pelo luxo, poder e status. Mas, pelas roupas livres, práticas e revolucionárias.


segunda-feira, 5 de junho de 2017

A MODA DOS ANOS 70

Os anos 70 foram os mais ricos em termos de moda. Tanto que suas influências ainda estão presentes nos dias atuais. Foi uma época inspiradora para os estilistas, e muitos deles, que não haviam adquirido expressão no mudo da moda, tornaram-se conhecidos. 


Woodstock, em Nova York, no final dos anos 60, havia sido um sucesso e influenciou os jovens do mundo inteiro. Os hippies, surgidos não final da década anterior, marcaram moda na nova década. E o que eram estranho, no final dos anos 60, agora estava presente em todos os lugares. E, com eles, voltava também o romantismo. Os homens deixaram de lado a formalidade. Passaram a usar roupas mais coloridas, com estampas psicodélicas. 


As mulheres tornavam-se mais românticas e despidas de vaidade rigorosa. E se tornavam-se únicas. Usavam um estilo próprio, mais de acordo com sua preferência, seu bem-estar e suas necessidades. As saias ganharam um aspecto indiano. As blusas e batas ganharam novas estampas multicoloridas.

 


A moda unissex ganhou mais força que nunca. As calças compridas tornaram-se o ponto central da moda e ganharam as famosas bocas de sino usadas com sapatos de plataformas. O importante era sentir-se bem com a roupa que estava usando.

Apesar de ter sido anos difíceis para a política e a economia de muitos países, foi sem dúvida uma década de revoluções nas artes, principalmente com as músicas de Pink Floyd, dos grupos Beathes e Yes. O comportamento da juventude mudaria muito mais do que na década anterior, pois a liberação sexual das mulheres era o tema central das rodas de conversa. E a moda não ficou de fora de todos esses acontecimentos.


As roupas ganharam desenhos e cores psicodélicas novas e, com isso, a moda se tornou mais colorida e vibrante. Ganharam coletes de couro ou jeans com franjas e flores no estilo country americano como moda unissex. Vestidos (maxi ou mini) e as saias largas e compridas ganharam babados e estampas florais. Podiam ter mangas curtas ou em longas em forma de sino, num retorno nostálgico de épocas anteriores, também podiam ser vistos em quantidade.

As blusas ficaram mais largas e soltas (as famosas batas) e podiam ser usadas com as saias ou calças compridas. As túnicas, mais justas e longas até pouco acima dos joelhos eram usadas com calças compridas. Tanto as batas como as túnicas podiam ter ou não mangas (curtas ou longas).

Era uma moda livre, solta, fácil de fazer e usar. Uma moda descomplicada em que podia usar a qualquer momento e em qualquer ocasião. A combinação de cores e tecidos era aleatória para dar igualdade a todos (outro lema da época). E mesmo que se combinasse, tudo parecia descombinado. A cor do momento era o “caramelo” e usado em diversas tonalidades.


Os cabelos ficaram mais compridos, desalinhados e extravagantes, para homens e mulheres, também se tornava comum. Porém tinham um corte definido, batizado de “black power”, numa homenagem à raça negra que até então passava despercebida pela maioria branca. Moças e rapazes ganharam faixas e bandanas (panos amarrados triangulares) na cabeça.

O lema do momento era “Faça amor, não faça a guerra” e tornou-se a influência fundamental dessa moda. Estava presente nos colares com o símbolo da paz comprados nas famosas barracas hippies estendidas nas praças e ruas das cidades. Muitos desses colares e brincos deixaram as joias de lado, mas ganharam em materiais alternativos como: macarrões, penas, penduricalhos feitos com contas feitas de papel ou de folhas de revistas. As bolsas podiam ser pequenas ou grandes, lisas ou franjadas, feitas de couro, crochê ou de tecido (geralmente, de jeans desgastados pelo uso e reaproveitados) e enfeitadas com tachinhas para combinar com as calças boca de sino, também recebiam tons de caramelo num botão, num enfeite ou outro acessório qualquer e o símbolo da paz. Mas o brilho, não podia faltar fosse nas roupas ou nos acessórios. Esse brilho era dado pelas tachinhas e fivelas.

Cabelos black power dos Jacksons Five


 
O cabelo black power de Tim Maia

Entretanto, não foi nada fácil para os hippies. Viviam do que produziam: lenços de estampas florais e psicodélicas, roupas artesanais, saias longas, túnicas patchwork, bandanas coloridas, colares de miçangas, bijuterias, bolsas de crochê, botas de camurça, sandálias de plataforma. As pinturas dos tecidos eram artesanais, feitas com materiais como terra, sucos vegetais e florais, porque os viviam com dificuldades financeiras. 

 Para ocasiões mais formais.


Inspirados nos hippies, os homens dos anos 70 deixaram de lado as roupas nas cores padrão (preto, azul marinho, marrom e cinza) para curtir as roupas mais coloridas, que os deixava com um visual mais jovial e despojado. Foi nessa época também que os homens passaram a usar faixas coloridas nos cabelos, óculos, anéis, colares, pulseiras, sapatos e bolsas. Mas não foi fácil, principalmente, para os mais velhos, muito arraigados aos costumes anteriores.

Mas não se pode negar que foi uma época marcante, com roupas e acessórios que fazem sucesso até hoje.