terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

O PRINCÍPIO DA ÓTICA


Este foi um período muito importante e que não pode ser esquecido. A troca do orifício da câmara escura por lentes foi um grande passo na história da fotografia. Entre as lentes mais antigas, a Veneziano Bárbaro foi a primeira lente a ser usada numa câmara escura, ainda no século XV. Mas, somente entre os anos do Século XVII e XVIII é que os grandes avanços da ótica ficaram conhecidos através das lunetas e telescópios.

 
antigos telescópios

O princípio da ótica e suas lentes fantásticas foram usados no início do cinema e está registrado no filme “Viagem a Lua” de Geórge Meliè. E não parou por aí. Um princípio que embora tenha ganho alguns avanços com as novas tecnologias continua válido até os dias de hoje.

Imagem do filme "Viagem à Lua" de George Meliés, 
mostrando um foguete chegando à lua.

Mas, para os pintores e gravuristas de alguns séculos atrás, um outro problema se tornava muito urgente: como fixar as imagens obtidas pelas câmaras escuras? E se necessitavam de uma solução rápida devemos convir que ela veio, mas não com a rapidez desejada.

Em 1793, o francês Joseph Nicéphore Niépce era um homem dedicado a inventos de aparelhos técnicos. Interessava-se também por processos mecânicos que envolviam a ação da luz e, por esse motivo, começou a trabalhar com litografia.

Litografia (também conhecida como litogravura) consiste na reprodução de um escrito ou gravura impressos sobre papel, superfície calcária ou placa de zinco. Para isso, Niépce usava uma prensa e uma tinta graxenta. Mas, evidentemente, tinha que fazer como outros artistas: copiar desenhos e gravuras antes que apagassem e perdesse o trabalho iniciado.

um trabalho de litografia

Intrigado com a curta duração das imagens, Niépce passou a se interessar por experimentos fotográficos. E sem saber que outros inventores já faziam pesquisas para descobrir um fixador para as imagens obtidas em câmaras escuras, Niépce começou a fazer seus próprios experimentos. Evidentemente, os primeiros resultados foram negativos.

Em 1816, tratando papéis com nitrato de prata e as imagens fixadas com ácido nítrico, Niépce obteve alguns resultados de baixa duração.

Por volta de 1822, usando verniz de asfalto (hoje conhecido como betume da Judeia) e aplicado sobre vidro e fixando a imagem com uma mistura de óleos com o intuito de fixá-la, conseguiu que a imagem ficasse exposta por oito horas. Niépce deu a este processo o nome de “SISTEMA HELIOGRÁFICO”. Documentos comprovam que esta foi a primeira fotografia da história, mesmo que tivesse uma curta duração.

primeira foto de Niépce com duração de 8 horas

Em 1826, usando o verniz de asfalto e fixando a imagem com sua própria urina, obteve uma fotografia com uma duração mais longa. Contudo, ainda não era o que todos esperavam. Mas Niépce não desistiu.

Um pintor de paisagens e de gravuras chamado JAQUES MANDÉ DAGUERRE ouviu falar dos bons resultados de Niépce e, em 1829, se associa a ele e passam a trabalhar juntos na tentativa de acharem um fixador mais duradouro. Niépce conhece o químico Dumas e com ele também se associa.


O trio Niépce, Dumas e Daguerre passam a realizar novos experimentos. Dumas despreza e abandona os processos usados pelo sócio por serem lentos demais. Essa sociedade durou pouco tempo porque Niépce faleceu em 1833. 

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