sábado, 27 de junho de 2015

O CINEMA NA ERA DO SOM


Tudo na vida é um processo. Tudo evolui. Foi assim com o cinema também. No início os filmes eram curtos e totalmente sem som. Evoluiu quando, durante as projeções, passaram a tocar músicas acompanhando as imagens. Os grandes centros da indústria cinematográfica da Europa se concentrava na França, Alemanha, Espanha, Rússia, Dinamarca e Itália.

Na América, os Estados Unidos foram os pioneiros. Em 1915, as indústrias cinematográficas americanas criaram os filmes narrativos clássicos. Por filmes narrativos entende-se aqueles que contam as histórias retratadas por si só. E para isso, era necessário muito planejamento e organização.


Tudo girava sobre o tema. Os fatos da história eram colocados em ordem cronológica. Da mesma forma, eram colocados os cenários, os figurinos, a maquiagem e os atores eram preparados para cada cena. Quando havia uma história propunha uma relação de causa e efeito dos fatos em que o tempo e espaço eram alterados tudo tinha que estar muito bem preparado. O sucesso dos filmes narrativos foi tão grande que planejamento e organização virou um padrão estabelecido para as filmagens. Por isso, os EUA se tornaram uma potência cinematográfica imbatível.

Reunião da International Academy of Motion Picture Arts and Sciences

De 1915 a 1925, os EUA viveram a Era de Ouro de Hollywood. Nesse período foi criada a “International Academy of Motion Picture Arts and Sciences”, hoje bastante modernizada e com o nome de “Academia de Artes e Ciências Cinematográficas”, que criou (1929) o prêmio mais cobiçado do cinema mundial: o “OSCAR”.


Apesar do grande sucesso dos filmes narrativos, muitos experimentos foram realizados para a introdução do som. Mas sempre esbarravam em problemas de sincronia e amplificação. Como resolver esse problema era a grande questão.


Em 1926, a Warner Brothers lançou um filme chamado “The Jazz Singer”, um musical onde haviam diálogos e músicas cantadas. O melhor era que tudo estava sincronizado. Mas também havia partes sem qualquer som. O segredo era que o som havia sido gravado em vitafone (gravação em disco) e ligado ao mesmo tempo do filme. O público assistiu perplexo e extasiado. Dizem que muitas pessoas chegaram a procurar a orquestra e o cantor achando que estavam escondidos em algum lugar.

Os comentários sobre o som do filme foram os mais variados. Os que assistiram gostaram e comentavam com entusiasmo. Outros, permaneciam no discurso que era impossível que tal fato acontecesse. Muitos atores se recusavam a participar de filmes sonoros e outros eram dispensados porque a voz era fina e gritante em demasia e muitas indústrias cinematográficas também não estavam preparadas para esse novo desafio, vindo a falir. Outras, precisaram de adaptar rapidamente para se manterem vivas. Na verdade, não houve preparo nem do público, nem dos atores, nem das indústrias para essa novidade.

                                                                Greta Garbo

A realidade é que o som havia chegado ao cinema. Em 1929, o filme “o Beijo”, cuja protagonista foi Greta Garbo, foi o último filme mudo da MGM com exceção de dois filmes de Chaplin: “Luzes da Cidade” e “Tempos Modernos”, duas obras-primas.

No final de 1929, a maioria dos filmes de Hollywood eram falados. Porém, no resto do mundo, devido a uma economia de pós-guerra, a transição foi lentamente acontecendo. Mas, na Inglaterra, grandes filmes falados como “BLACKMAIL” dirigido por Alfred Hichcock; “APPLAUSE”, do diretor Rouben Mamoulian, um musical e “CHINATOWN NIGHTS”, do diretor Willian Wellman foram rodados, fizeram enorme sucesso e foram indicados ao Oscar.


Cena do filme "Blackmail"


cartazes dos filmes

 

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