segunda-feira, 26 de agosto de 2013

DANÇAS MODERNAS


Em benefício da verdade, a origem das danças modernas se deve ao francês François Delsarte que estabeleceu as primeiras relações entre os sentimentos, a voz e o gesto, atitudes fundamentais para este novo tipo de dança e quem as introduziu em suas aulas. Mas, ficou no esquecimento e pouco se fala dele e de sua importância. Porém, uma de suas alunas, Geneviève Stebbins, foi a grande inspiradora de Isadora Duncan.

As apresentações de Isadora Duncan que continham movimentos livres e soltos. Já mostravam também que o corpo permitia inúmeras possibilidades de movimentos. Foi a surpresa dos movimentos e a juventude e a coragem de Isadora quem a tornou famosa, proporcionando o surgimento de uma nova forma de dançar.


Porém, observando-se as coreografias de Isadora é possível notar que a sua expressividade corporal ainda era fraca, ou seja, não tinham a intencionalidade do sentimento interior. Mas, isto não lhe tira os méritos de seu trabalho, porque a intencionalidade expressiva do sentimento interior ainda não era bem compreendida no início da mudança. Tudo fazia parte de um processo de desenvolvimento da Dança Moderna.


Surge, então, um movimento denominado de “Dança Moderna”. Um movimento contrário á formalidade e rigidez do balé clássico. Os bailarinos tinham possibilidade de criar movimentos novos, explorando mais as possibilidades corporais e que eram enormes. Os solistas praticavam muitas improvisações determinadas pela intensidade dos sentimentos transferidos para os gestos. 

Enquanto as danças tradicionais ou clássicas priorizavam a leveza, a graça e a suavidade dos movimentos, as danças modernas priorizavam a força do sentimento e dos movimentos corporais. Essa era a marca que diferenciava uma da outra.


Outros revolucionários participaram com contribuições valiosas, entre eles Nijinski e Martha Grahan que os conheceremos em novas postagens.

Segundo os teóricos, a Dança Moderna tem as seguintes características:

    1- A intensidade dos sentimentos é quem se transfere para os gestos. Ou seja, cada gesto representa o tipo e a força da emoção.

   2- Nas danças modernas todos os estilos, formas, movimentos e técnicas estão presentes.

   3- As articulações corporais compõe o fluxo dos movimentos numa forma de linguagem que é do corpo inteiro

     4- Os movimentos das mãos e pés, pernas e braços são importantíssimos para criar essa linguagem. Os pés podem estar descalços, curvos ou bem esticados e não são os mais importantes. Já os movimentos das mãos são essenciais.

   5- Os movimentos corporais podem se diferenciar da estrutura melódica da música para provocar o chamado “realismo psicológico”.

    6- A durabilidade das coreografias é pequena. Sobrevivem enquanto houver angústias retratadas pela sociedade ou pela época. Portanto, são coreografias passageiras atingindo, no máximo, um ano.

Fontes de pesquisa:


terça-feira, 13 de agosto de 2013

VAMOS FAZER UM PATO DE ORIGAMI

ORIGAMI é a arte de dobrar papel. Que tal fazer um pato e brincar com ele? Assista ao vídeo para aprender a fazê-lo e boas brincadeiras.


sábado, 10 de agosto de 2013

FELIZ DIA DOS PAIS



Que todos os pais recebam um beijo e um abraço como prova do amor de seus filhos, transformando este dia, no melhor dia do ano. 

Felicidades!

domingo, 4 de agosto de 2013

REVIRAVOLTA NA DANÇA

Em meados do século XIX, a dança sofre uma nova reviravolta. Essa reviravolta, com uma forma de dança mais solta, leve, livre e real provocou uma renovação no jeito de dançar. E a razão dessa mudança toda foi uma mulher. Seu nome: “Isadora Duncan”.

ISADORA DUNCAN

O casal Dora Gray Duncan (pianista e professora de música) e de Joseph Charles (poeta) já com dois filhos via nascer, em 27 de maio de 1877, na cidade de São Fransisco, EUA, uma menina que receberia o nome de Ângela Isadora Duncan. Algum tempo depois do nascimento de outro filho, os pais de Isadora se divorciam.

Isadora e seus irmãos são criados pela mãe. Levavam uma vida cheia de dificuldades, mas que em nada impediu a educação das crianças. E essa educação foi primordial para as crianças que, além da educação escolar recebiam da mãe aulas de literatura, poesia, música e artes plásticas.

Isadora era uma criança precoce e, aos 4 anos, mostra grande interesse pela dança. Esse interesse fez com que a mãe a matriculasse num curso de balé clássico.

Aos 11 anos, Isadora mostrava-se já era bastante determinada e com personalidade forte e marcante. É a época em que decide montar um espetáculo coreografado por ela mesma. Para esse espetáculo reuniu três coisas que a encantavam: os movimentos da natureza, as músicas de Wagner, Chopin e Beethoven e as esculturas da Grécia Antiga. Dessa maneira, dançou com os cabelos meio soltos, pés descalços e vestiu uma túnica de seda à moda grega. Preferia usar a música de Wagner, mas como as músicas dele e de Chopin eram consideradas subversivas, optou pelas de Beethoven. Era um espetáculo com máxima liberdade de movimentos, ora improvisados e inspirados no movimento do vento ou das plantas dentre outros, ora formando esculturas gregas em pleno palco, tendo ao fundo apenas uma cortina azul. E fez muito sucesso de público e de crítica.

   

A partir de então, Isadora e irmãos passam a participar de novos espetáculos, tendo a mãe ao piano. Pouco a pouco, Isadora se desprende da rigidez do balé clássico e aperfeiçoa sua técnica. Sua técnica inovadora. Uma arte leve que, através da expressão corporal, transmite toda a energia que vem do fundo da alma e onde qualquer cenário é supérfluo. Uma técnica que é completamente diferente do usual. E Isadora passa a ensinar esse novo jeito de dançar.


Isadora vai para a União Soviética em busca de mais liberdade para trabalhar. Inspira-se nas danças sagradas da Grécia Antiga. Agora, ao som das músicas de Wagner e Chopim sua expressividade pessoal e suas improvisações ganhavam mais expressividade, beleza, suavidade, energia e realidade. Os cenários continuavam despojados, uma simples cortina azul. E isto encantava o público e o mundo.


Isadora teve uma vida afetiva instável. Jovem ainda casou-se com Gordon Graig (designer teatral), mas logo se separam. Casou-se novamente com Eugène Singer (fabricante das máquinas de costura Singer) e pouco tempo depois, separa-se novamente. E desses relacionamentos resultaram em dois filhos.

Em 1898, aos 21 anos, Isadora vai para Londres, tentar seu reconhecimento profissional no mundo. Busca liberdade e tranquilidade no trabalho e na esfera afetiva. Sua instabilidade emocional é visível, mas continuava brilhando intensamente nos palcos europeus.

E, a partir de então, percorreu o mundo levando sua arte, gerando em todos os lugares muita curiosidade sobre ela.
1902 – apresentação em Paris
1908 – cria e coreografa o espetáculo “The Dance”
1913 – seus filhos e a governanta que os acompanhava morrem afogados no Rio Sena. Por causa disto, Isadora suspende suas apresentações por alguns anos.
1916 – Isadora apresenta-se no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Está com 38 anos.
1920 – Vota a Moscou. Lá Casa-se com o poeta soviético Serguei Iessienin e separa-se dele, em 1922. Inconformado com a separação, Serguei se mata em 1925.
1925 – Isadora vai para Nice, na França. De lá, não sai mais. Vivia modestamente e sem a fama e o sucesso de outrora.
1927- Isadora escreve “My Life” (sua autobiografia) e morre em 14 de setembro desse ano.
1928 – São editados seus artigos em “The Arte of the Dance” como homenagem póstuma.

Isadora Duncan foi, portanto, a pioneira da dança moderna.

Fonte de pesquisa:

www.infoescola.com › Biografias
pt.wikipedia.org/wiki/Isadora_Duncan
http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=