quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

O HOMEM E OS MOVIMENTOS


DANÇA (continuação)

O homem sempre teve uma necessidade de brincar e de dançar.  Os seres humanos se sentem felizes e satisfeitos quando se movimentam. Para os humanos, os movimentos são muito mais que simples ações. Ao contrário, são meios para atingir seus objetivos, quer no cotidiano, quer na dança. Seja lá qual forem essas intenções, os movimentos são percebidos e compreendidos pelas pessoas ao redor.

Existem inúmeras e diferentes formas de realizar um movimento e, cada pessoa, tem sua própria forma de realizá-los. Tomemos, por exemplo, o movimento de colher uma flor .

Uma pessoa se aproxima , acaricia as flores e com delicadeza, colhe-a. 
De outra vez, essa mesma pessoa ao se aproximar do vaso, colhe a flor com tamanha impetuosidade que algumas raízes acompanham a frágil haste. Isto acontece porque os movimentos estão sujeitos a influências da personalidade do sujeito, do ambiente, da época vivida e do estado de espírito no momento. São estas influências que dão aos movimentos um colorido especial, particular e único.

Mas, não são apenas estes movimentos que indicam a intenção ou objetivo do movimento. A postura, o andar, o ritmo das passadas e a expressão facial preparam e denunciam a intenção do movimento. Quantas vezes pressentimos o humor de nossos maridos e filhos somente pelo modo como fecham o portão de casa ou batem a porta do carro.

Num espetáculo de dança, os bailarinos contam uma história. Essa história (drama ou comédia) é contada não por linguagem oral (como estamos acostumados a nos comunicar), mas pela linguagem dos movimentos. Por isso, devem ser bem executados para que se tornem bem compreendidos.

Assistam ao vídeo e confiram a precisão dos movimentos desta bailarina:

A atmosfera do teatro cria um clima de magia e encantamento colocando na mesma sintonia os bailarinos e público. É através dessa magia ou magnetismo que se dá o insight (compreensão) dessa linguagem. Uma comunicação que vai além do que é expresso no palco, mas que serve de  reflexão da vida e do cotidiano de cada um que ali estão, sejam eles bailarinos ou público.

fonte:
LABAN, Rudolf - Domínio do Movimento - Summus Editorial

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