sábado, 4 de fevereiro de 2012

O INCONSCIENTE PESSOAL

Lembrando: o inconsciente é formado pelo inconsciente coletivo e pelo inconsciente pessoal. Este, localiza-se na periferia do inconsciente e na vizinhança da consciência.


inconsciente coletivo
inconsciente pessoal
consciente

Nosso ego faz uma triagem de nossas lembranças de nossa memória e das experiências que vivenciamos. Nessa triagem, o ego pode aprova-las ou rejeitá-las. Uma lembrança desagradável ou uma experiência que não foi muito boa pode ser julgada e considerada pelo ego como esquecida. Um conflito pessoal ou moral que nos faz sofrer, pode ser considerado como “rejeitado”, pois nossa memória não conseguiria guardar tantas lembranças

E para onde vão todos estes conteúdos? Para o inconsciente pessoal, é claro. Assim, o inconsciente pessoal (ou individual) se torna um excelente banco de dados, uma espécie de “arquivo morto” da nossa memória. Os conteúdos ficam lá quietinhos e escondidinhos até que um fato qualquer nos faça lembrar deles.

Mas, o inconsciente pessoal não guarda só o que é ruim ou o que nos faz sofrer. Ele guarda também coisas boas que esquecemos com o tempo.

Guarda também algumas de nossas qualidades, “aquelas” que não queremos mostrar a ninguém. Por exemplo, um criminoso muito mau e perverso guarda  no seu inconsciente pessoal a bondade e a ternura porque, para ele, essas qualidades são sinais de “fraqueza”. E embora ele as esconda bem escondido, há sempre um momento em sua vida em que elas se revelam.  Isto porque basta um simples pensamento ou um fato qualquer que se ligue a elas e as traga de volta à consciência.

 um aglomerado ou complexo

No inconsciente pessoal estão ainda algumas percepções que não nos demos conta, além de alguns sentimentos, emoções, pensamentos com grande apelo afetivo e que não condizem com as atitudes conscientes.  Todos esses conteúdos se juntam e formam um aglomerado de pouca expressão. Jung os chamou de “complexos”.


Mas, ao se formarem, as experiências significativas desses conteúdos atraem um arquétipo que passa a ser o centro desse complexo, 
 
O arquétipo carrega esse aglomerado de forte carga de energia na tentativa de voltar à consciência. Desta forma, os complexos constituem pequenas personalidades com independência própria. Embora estejam separados da personalidade total dos indivíduos, atuam sobre ela com força instintiva. Como fazem isso? 
Quando uma experiência, sentimento ou um pensamento qualquer se ligar a um complexo, aciona o arquétipo. Este, se enche de energia, ganha força própria e entra na consciência de tal forma que passa a controlar nossos pensamentos e comportamentos.
Um complexo não é, necessariamente, ruim. Embora ele traga um certo desequilíbrio para as pessoas, como por exemplo, “perder a cabeça”, “sair do sério”, “agir sem pensar” num momento de nervosismo ou de ira. Mas, também pode uma fonte de inspiração para uma série de situações como por exemplo nas manifestações artísticas.

Fontes:
JUNG, C.G. “Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo”. Editora Vozes, SP

Nenhum comentário:

Postar um comentário

OBRIGADA PELA VISITA.

Espero que tenha encontrado o que precisava, tenha gostado do que encontrou e que volte muitas outras vezes. Ficarei muito feliz se você deixar um recadinho para mim.