quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

A VIDA É ASSIM...

Basta chegar a outubro ou novembro que não vemos a hora de que o ano termine e logo comece o outro. Ao mesmo tempo, começamos a nos preparar para essa mudança. E quando chega dezembro, começamos a nos livrar das velharias acumuladas seja na casa onde moramos ou na habitação interior do nosso eu.

Planos e promessas são feitos.  Externamos nossos votos e desejos sinceros a todos os que nos rodeiam ou a quem, de alguma forma, passou a fazer parte de nossas vidas. Enfim, chega o tão esperado dia. O último do ano. As horas correm como de costume, mas para nós, parecem uma eternidade.

De repente,  fogos de artifícios anunciam que já estamos no ano seguinte. Abraços, cumprimentos, o estourar da champagne. No coração de todos há os desejos de "PAZ e AMOR". Ainda assim, eufóricos e emocionados, nem percebemos o tal segundo tão aguardado. O mágico momento em que tudo será resolvido.

E o dia seguinte surge, com o sol amanhecendo como de costume. Despertamos com ele, trazendo no coração os sentimentos daquele instante de magia e emoção. E a medida em que as horas passam e os dias se sucedem, vamos tomando consciência de que nada mudou. Continuamos escravos da rotina, do trabalho, do trânsito, do tempo.

Nem mesmo nós mudamos. Cadê os projetos e planos? Ficam suspensos até a próxima passagem de ano. Quem sabe um dia tenhamos  a coragem de pô-los em prática. Quem sabe? 

Mas, ainda resta a esperança e, portanto:





quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

FELIZ NATAL

QUE NESTE NATAL RECEBAMOS COMO PRESENTES: AMOR, ESPERANÇA, SAÚDE, FELICIDADE E  PROSPERIDADE. 

FELIZ NATAL A TODOS.



terça-feira, 18 de dezembro de 2012

WATERCOLOUR

WATERCOLOUR é uma técnica de pintura com tinta aguada. No Brasil é conhecida como "aquarela". As belezas que os artistas que se especializaram nesta técnica realizam é grande.

Encha seus olhos de beleza e delicadeza das rosas de Lola Ades, com música de Leo Sande.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

OBJETIVOS E FUNÇÃO DA DANÇA


 

Dança é uma manifestação artística que vem sendo praticada há milênios por todos os povos e culturas, adequando-se de acordo com as mudanças sociais e do momento cultural das sociedades.

Durante sua prática milenar estabeleceu padrões estéticos e comportamentais entre as diferentes camadas sociais, estabeleceu a diferenciação entre dominantes e dominados e exigiu de cada ser humano a superação de seus próprios limites.

Sem dúvida, é um fenômeno social. Um fenômeno que está sempre se renovando, transformando e trazendo diferentes significados aos homens e suas sociedades.

A dança pode ser vista como: expressão artística, humana e  de sentimentos pessoais, grupais ou da sociedade. Como forma de aquisição de conhecimentos, de desenvolvimento da criatividade, da imaginação, da comunicação e como meio de socialização. (BARRETO, 2004)

Como expressão artística tem o mesmo valor da pintura, da escultura, da arquitetura, da linguagem etc. Cada conjunto coreográfico conta uma história.


Como autoexpressão faz com que cada pessoa descubra e compreenda aspectos importantes de sua vida. Como comunicação, individual ou coletiva, renova a cultura e revitaliza a sociedade e dos povos. HAAS &GARCIA (2003).

fonte:
 Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 139 - Diciembre de 2009

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

COMO FAZER FLORES DE PAPEL CREPOM

OLÁ AMIGOS

Sei que faz tempo que alguns leitores procuram como fazer flores de papel crepom. Pronto! Este vídeo traz o passo-a-passo para fazer uma rosa bem legal e fácil. Espero que gostem!


sábado, 1 de dezembro de 2012

A DANÇA COMO ATIVIDADE DE EXPRESSÃO

Desde que o mundo é mundo, a dança acompanhou o homem em sua evolução como todas as demais formas de arte.

Através da dança, o homem compreendeu a importância de seu corpo. Por meio dos movimentos, o homem descobriu uma infinidade de capacidades corporais.

Os movimentos corporais retrataram e registraram suas atividades diárias, sua história, crenças, emoções e sentimentos, o relacionamento com seu eu interior, com os outros e com o divino e o profano.   Por meio desses movimentos pode ainda, desenvolver a comunicação, distinguir-se dos demais, aprimorar-se,  criar e encontrar formas de realização pessoal.

Como arte, a dança também evoluiu juntamente com o homem. Por isso, também tem história, sentido e significados. Seu objetivo principal sempre foi e será o de retratar a vida em diversos contextos.

Quero compartilhar com vocês este vídeo. Espero que gostem. 

 No final deste vídeo, há outras danças. É só clicar em uma delas e verá a 
versatilidade deste grupo e como são fantásticos.

Desde menina fiquei muito impressionada com este grupo de dança russa chamado BERIOSKA e que se apresentou, em breve temporada, num canal de televisão, aqui no Brasil. Traziam danças tristes, alegres, e vibrantes. 

A agilidade, a doçura de cada rosto, os gestos perfeitos e, muitas vezes surpreendentes, me comoveram naquela época. Passaram-se muitos anos e nunca mais ouvi falar neles. 


Hoje,  ao procurar um vídeo, encontrei este, de 2006. Uma emoção forte me fez voltar no tempo e que para mim foi mágico.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

TRABALHANDO COM PALITOS DE SORVETE

Construir coisas para uso pessoal, para uso coletivo ou para decoração sempre esteve no imaginário do homem. As primeiras coisas construídas foram as armas com as quais os homens primitivos se defendiam dos animais que os importunavam.

De lá para cá a humanidade já inventou e construiu um número incontável de coisas. Inventou, melhorou, readaptou e recriou várias vezes essas coisas. Portanto, já que existe um problema sério de sustentabilidade com o nosso planeta nada melhor do que continuar readaptando e recriando aquilo que já existe. 

Em Arte-Terapia utilizamos um pouco de tudo e aproveitamos, ao máximo, tudo o que possuímos, encontramos e coletamos. Com crianças, as sucatas estão em alta. E uma dessas sucatas são os palitos de sorvete.

Bem lavados e secos são guardados para serem reutilizados em uma porção de coisas: caixas, esculturas e mil outras invenções. E são fáceis de fazer. Bastam alguns palitos, cola branca e muita, muita criatividade. Vejam como ficaram bonitas:


AS CAIXAS são práticas e duráveis e servem para guardar coisas pequenas ou como porta-jóias. Podem ser usadas na forma natural, envernizadas ou pintadas.



  


AS ESCULTURAS são bonitas peças decorativas. Ficam bonitas ao natural ou envernizadas.


 

 
Estas atividades servem para trabalhar a coordenação motora fina, a paciência, a espera e  desenvolvem a inteligência e melhoram  muito a auto-estima.

domingo, 4 de novembro de 2012

AS CONSEQUÊNCIAS DO ROMPIMENTO COM FREUD



O conflito de ideias separou o discípulo do mestre. Um rompimento tumultuado, com mágoas dos dois lados. Mas, Jung não se furtou a novas pesquisas.

Ampliou suas observações sobre os complexos e sobre a associação de palavras e a reformulou, criando a Psicologia Analítica.

Estudou profundamente sobre como o inconsciente se expressa utilizando a técnica dos sonhos e de desenhos de seus pacientes. Observou que os sonhos tinham grandes semelhanças com os temas culturais ou mitológicos universais, e que seus pacientes desconheciam. Isto o intrigava e o estimulava a pesquisar ainda mais.

Ampliou suas pesquisas sobre o inconsciente e descobre o inconsciente coletivo e o inconsciente pessoal. Descobre que o inconsciente pessoal é constituído pelo material reprimido e pelos complexos (como dizia Freud), e que no inconsciente coletivo estão as nossas tendências, imagens e símbolos que constelam sentimentos universais (arquétipos) e de atitudes inatas e primitivas (instintos) e que são comuns a toda a humanidade.
 

Outro tema importante nos estudos de Jung foram os “tipos psicológicos”, baseando-se nas personalidades de Freud e Adler (também discípulo do primeiro), além da sua própria personalidade. Com isto pode delinear os tipos “extrovertido” e “introvertido”. A partir daí, observou que haviam variações entre esses tipos e que algumas pessoas eram levadas mais pelos sentimentos, outras pela razão e outros ainda pela intuição. Escreve e publica um livro sobre esse tema, em 1921.

A Alquimia e a magia despertam seu interesse e pesquisa sobre isso. E na década de 40 publica dos livros: Psicologia e Alquimia (1940) e O Eu e o Inconsciente (1944).

Após o rompimento com Freud, Carl G Jung passou a ser muito criticado e suas obras vistas com desconfiança. Em entrevistas a jornalistas e para a comunidade científica da época, Freud afirmava continuamente que Jung usara suas ideias e as modificava. Vejam um trecho de uma afirmação de Freud sobre isso:

"Aquilo de que os suíços tinham tanto orgulho nada mais era do que uma modificação da teoria psicanalítica, obtida rejeitando o fator da sexualidade. Confesso que, desde o início, entendi esse 'progresso' como adequação excessiva às exigências da atualidade".

Jung não negava a importância da sexualidade na vida psíquica descoberta por Freud, mas acreditava que não era apenas isso que influenciava a vida psíquica. Vejam o que Jung respondeu sobre essa acusação:

"... embora Freud sustente obstinadamente que eu a negue, procurava estabelecer limites para a desenfreada terminologia sobre o sexo, que vicia todas as discussões sobre o psiquismo humano, e situar, então, a sexualidade em seu lugar mais adequado. O senso comum voltará sempre ao fato de que a sexualidade humana é apenas uma pulsão ligada aos instintos bio-fisiológicos e é apenas uma das funções psico-fisiológicas, embora, sem dúvida, muitíssimo importante e de grande alcance".

Jung morreu em 6 de junho de 1961, em sua casa à beira do lago de Zurique, em Küsnacht. Após uma vida longa e produtiva, contribuiu para o avanço da antropologia, da sociologia, da própria psicologia, na psicoterapia e na psiquiatria modernas.

Após Jung, ninguém mais pesquisou sobre o inconsciente, pelo menos de forma tão intensa quanto ele, nem se fez descobertas tão significativas quanto as dele.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

JUNG E A CONVIVÊNCIA COM FREUD



 
                                                               Freud                                    Jung

Antes mesmo do encontro com Freud, Jung já desenvolvia sua tese dos “complexos”, intitulada como “Psicologia de Complexos”. Esse mesmo título deu origem, mais tarde,  ao de “Psicologia Analítica”.

O conceito de inconsciente já estava bastante estruturado quando Jung se encontrou com Freud. Jung afirmava que os complexos desvinculavam-se da consciência, mas não desapareciam. Ficavam no inconsciente e influenciavam na conduta das pessoas, por terem “certa autonomia”. Mas, foi a partir desse encontro que Jung se aprofundou ainda mais em seus estudos.

O contato entre Freud e Jung foi riquíssimo para ambos. A convivência entre esses dois teóricos teve pontos positivos e negativos. Positivos, porque um estimulava o outro a pesquisar mais e a apresentar argumentos melhores para convencer a sociedade médica da época. Negativos, porque à medida que conviviam, as diferenças no modo de pensar e de entender os problemas psíquicos, começavam a aparecer. E eram diferenças de ideias fundamentais, por isso, conflitos entre eles passaram a ser uma constante.

Jung ficava irritado porque Freud insistia em afirmar que “todos” os problemas psíquicos tinham fundo sexual. Jung não pensava assim e falava que poderia haver outras causas, entre elas, as espirituais. Por outro lado, Freud se recusava a aceitar essa ideia de Jung afirmando que não tinham bases científicas e, portanto, não eram consideradas válidas.

A amizade entre os dois já estava abalada e, cedo ou tarde, acabariam separando-se. Mas, o rompimento veio brusco. E foi doloroso, como todo rompimento. Desse rompimento ficaram mágoas de ambos os lados. Mágoas que, até os dias de hoje, dividem seus partidários.

Fonte:
Apontamentos de aula

domingo, 21 de outubro de 2012

CARL GUSTAV JUNG: ESTUDOS E TRABALHO


Não há registros do ensino básico. Mas, durante a adolescência e juventude foi um estudante aplicado, entusiasta e disciplinado. Gostava muito de ler e foi bastante influenciado pela obra literária de Goethe. Gostava de filosofia e seus autores prediletos eram Hartmann e Nietzsche.

Jung queria estudar arqueologia, mas sua família não tinha recursos. Já naquela época, estudar fora custava muito caro. Embora fosse uma família importante, não era uma família abastada. Por outro lado, os pais e avós queriam que Jung seguisse os passos profissionais de sua família: a Medicina.

Entre 1894 e 1900, Jung cursou Medicina na Universidade da Basilea. Jung amadureceu no físico nas ideias e nos sentimentos durante esse tempo.


OS PRIMEIROS EMPREGOS

Em 1898, quase ao final do curso de Medicina, Jung estava indeciso sobre a especialização a seguir. Na Basilea, as opções eram restritas a Anatomia Patologica (a prática da medicina geral e curativa) ou a Medicina Interna (cirúrgica).  Foi nessa época que passa a se interessar pelos “fenômenos psíquicos”. Esse interesse se transformou numa tese de graduação, cujo titulo foi "PSICOLOGIA E PATOLOGIA DOS CHAMADOS FENÔMENOS PSÍQUICOS".

Mas, foi a leitura do “MANUAL DE PSIQUIATRIA”, escrito pelo psiquiatra alemão Richard von Krafft-Ebing, que o fez decidir pela Psiquiatria. E passa a trabalhar em hospitais locais para conseguir recursos e custear seus estudos. Em pouco tempo, assume o cargo assistente médico num dos hospitais da região.

Em 1902, é convidado a trabalhar como médico ajudante, em Munique. Lá, vai substituir Immermann. Conhece Pierre Janet  e estuda com ele.

Em 1904, Jung monta um laboratório experimental. É nesse laboratório que, após muitos estudos, cria o “teste de associação de palavras” visando o diagnóstico psiquiátrico.  Estes estudos  e o teste associativo fizeram com que seu nome ficasse em evidência. Em 1905, assume o cargo de professor de psiquiatria na Universidade de Zurique.

Carl G Jung, em 1910.
Em 1910, ocupa o posto de ajudante na Clínica Psiquiátrica de Burghôlzli, em Zurique, e lá permanece por três anos.

grupo de psiquiatras liderados por C G Jung (1911)
Nessa época, Jung entra em contato com as obras de Sigmund Freud. Autor e obras eram bastante criticados pelos médicos e acadêmicos. Jung, convencido de que as ideias freudianas eram importantes e constituíam um avanço científico, passou a defendê-las. Estava tão convicto com as novas perspectivas psicanalíticas que resolver conhecer Freud pessoalmente.

O primeiro encontro entre Jung e Freud durou treze horas de conversação. A empatia entre os dois foi grande. Jung estava fascinado com a Psicanálise e promete a Freud ser um colaborador devotado. Freud participa para a comunidade científica a colaboração de Jung e anuncia que ele será seu herdeiro profissional. A partir de então trocam correspondências  semanalmente. 
Jung (sentado) á direita e Freud (sentado) á esquerda

sábado, 13 de outubro de 2012

QUEM FOI CARL GUSTAV JUNG?


Esta é a cidade de Kresswil, Basilea, na Suíça, onde Carl Gustav Jung nasceu a 26 de julho de 1875. Morava no Cantón de Thurgau (ou Trugovia), junto ao Lago Constanza.

A FAMÍLIA

A família paterna e a família materna eram importantes na região, mas sem serem abastadas.


O avô paterno, também chamado Carl Gustav Jung (1794-1864), era médico, foi o  organizador da Faculdade de Medicina da Universidade da Basilea, lecionava anatomia e medicina interna e foi o  responsável pela ampliação do Hospital Geral local.


Samuel Preiswerk (1799-1871), seu avô materno, era um sacerdote responsável por várias paróquias da Igreja Ortodoxa e autor da gramática hebreia. Politicamente, pertencia a um movimento internacional que defendia e lutava pela restauração de uma pátria para o povo judeu, que anos mais tarde, influenciou na formação do Estado de Israel.

O pai, Paul Achilles Jung (1842 -1896), era filósofo. Mas, abandonou a carreira para se dedicar à igreja, onde era pastor luterano, da mesma forma que alguns parentes.

A mãe, Emilie Preiswerk (1848-1923), era médium espírita e, por causa disso, foi considerada como tendo uma personalidade dissociativa.

O casal teve um primeiro filho (Paul) que faleceu depois de alguns meses. Depois nasceu Carl Gustav e, em 1884, nasce Johanna Gertrud, sua única irmã, falecida em 1935.

A INFÂNCIA
Jung aos 6 anos de idade

Carl foi uma criança sensível, intuitivo inteligente e sagaz. Mas, também, introspectivo e solitário. Com os pais tinha uma relação bastante próxima e afetuosa. Mas, era uma família complicada e, algumas vezes, desestruturada. Desde cedo Jung viveu conflitos por causa das convicções religiosas de seus pais, além de enfrentar a inveja dos amigos.


A VIDA ESTUDANTIL DE JUNG

Não há registros do ensino básico. Mas, durante a adolescência e juventude foi um estudante aplicado, entusiasta e disciplinado. Gostava de ler e foi muito influenciado pela obra literária de Goethe. Gostava também de filosofia e seus autores prediletos eram Hartmann e Nietzsche.

Jung queria estudar arqueologia, mas sua família não tinha recursos para mandá-lo estudar fora da Basilea. O desejo dos pais e avós era o de que estudasse medicina. Assim, entre 1894 e 1900 estudou na Universidade da Basilea. O curso lhe fez bem, pois ao sair da Universidade havia deixado de ser introspectivo.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

MÚSICA BOA É SEMPRE BOM

A DANÇA RITUAL DO FOGO um dos clássicos mais tocados no mundo todo. O maestro Manoel Falla com suas caretas e gestos são um charme à parte. Confiram!

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

QUANDO AS ARTES SE ENCONTRAM

OLÁ, PESSOAL!

Quando as artes se encontram o sucesso está garantido! 

Ainda mais se juntarmos modelagem com massa plástica, animação por meio da tecnologia e um texto fabuloso de José Saramago.

Querem conferir? Assistam o filme abaixo.


domingo, 16 de setembro de 2012

TRABALHANDO O ABSTRATO E A IMAGINAÇÃO

Uma das coisas mais difíceis é fazer os deficientes trabalharem com as abstrações, seja na arte ou nas tarefas escolares, porém, sempre se pode dar um jeito.

As ESCULTURAS DE PAPEL AMASSADO são uma saída. Devo lembrar que não se consegue muitas coisas boas nas primeiras vezes. Mas, com a repetição da atividade. O importante é insistir.

São fáceis de fazer. Forneça uma folha colorida. Qualquer papel serve: de crepom a sulfites coloridos. Peça para que a criança a amasse bem apertado. Depois disso, vá abrindo devagar. Quando acham que a forma ficou bonita, é só parar.

Coloque a forma sobre a mesa e pergunte: "Com o que você acha que se parece?" Caso não respondam da primeira vez, gire um pouco e pergunte novamente. Vá repetindo até que digam alguma coisa. Caso ainda assim não consigam, não tem importância. Elogie a forma e encerre o trabalho. Repita numa próxima ocasião.

Vejam como ficam bonitas!


 

Depois, é só explicar que o que viram é fruto de sua imaginação e o que ele viu, pode não ser o mesmo que você ou outra pessoa vê. E que isso se chama abstração.E eles entendem.

Legal, não é mesmo?



sexta-feira, 7 de setembro de 2012

IMAGINAÇÃO ATIVA


Desde o século XVII, vivemos sob a influência de um pensamento que privilegia a razão. Kant acreditava que tudo tinha uma explicação racional. Dessa forma, tudo o que era subjetivo era (e ainda é) visto como algo supérfluo e sem importância, sem base científica e que não fazia parte da razão.

A consequência desse pensamento fez com que muitas qualidades da vida humana fossem relegadas a um plano inferior. As artes e a religião eram assim consideradas. E dentre as qualidades humanas mais subjetivas estava a imaginação. Esta só tinha espaço nas Artes ou era vista como uma forma anormal do pensamento humano.

Hoje sabemos que a imaginação é importante em nossa vida. Sentimos e percebemos as coisas através dos órgãos dos sentidos e adquirimos experiências ao entrarmos em contato. Essas experiências e percepções ficam guardadas na memória. Para isso, é necessário fazer associações e relações entre as imagens disponíveis na memória, ordenando-as de diversas formas transformando-a numa imagem que pode ser aplicada a uma determinada situação. É, segundo Avens (1993), uma imaginação reprodutiva, pois reproduzimos algo que já estava elaborado na memória.

Por outro lado, há momentos em que transcendemos a tudo isto. É um jeito mais espontâneo, puramente sensorial, mas que combina com nossa intelectualidade (categoria da razão), criando algo novo. E, ainda segundo Avens (1993), esta é uma imaginação produtiva ou transcendental. Esta forma de se imaginar é vital a todos os seres humanos porque é uma maneira de nos relacionarmos com o mundo. Este relacionamento é quem leva o mundo e a humanidade a prosperar. 

Pela imaginação produtiva deixamos vir a tona o lado interior das coisas, ou seja, nos relacionarmos com os objetos, lugares, situações e pessoas de uma forma mais sensível ou poética. Essa forma não deixa de traduzir nossas percepções, nem nossas vivências e experiências. E não é só nas artes que esta imaginação se manifesta, mas, em tudo o que fazemos.

Foi observando esta capacidade humana que Jung estabeleceu um processo que denominou imaginação “ativa” ou “criativa”. Jung percebeu que ao acionarmos nossas lembranças, alguns conteúdos inconscientes chegavam até a consciência, e se misturavam aos conteúdos desta, através de funções reguladoras.

Dessa maneira, com técnicas expressivas apropriadas pode-se perceber os conteúdos inconscientes sintetizados. Jung os chamou de “símbolos”. Os símbolos são a expressão do que se desconhece e possibilita que a força energética (libido) se renove e solucione os conflitos vivenciados. Com o estudo desses símbolos pode-se buscar o seu (s) significados.

A compreensão desses significados traz o entendimento de toda forma de expressão numa linguagem muito mais ampla do que a oral ou a escrita. Como tipos de linguagem expressiva podemos citar a corporal, as fotos, um filme, as esculturas, os desenhos, a dança, a música, as pinturas etc.

“Os homens são narrativos”, afirmou Deely, em 1990. E eles contam histórias em seus trabalhos expressivos. Para Jung, além do pensamento existem outras 3 funções da consciência que servem de pontos de ligação entre a capacidade de expressão e a lógica do pensamento intelectivo: a intuição, a sensação e o sentimento. As duas primeiras são irracionais, ou seja, voltadas para o subjetivo, para aquilo que não é dito por meio de palavras.

Quando um símbolo aparece num trabalho qualquer, nossa intuição ou nossa sensação nos alerta. A busca do significado fica por conta do sentimento que é mais real e, ao lado da função pensamento (4ª função da consciência), lidam com nossas experiências. Tudo isso, nos leva a desenvolver um diálogo que permite a compreensão da narrativa expressa e dos conflitos internos de quem narra.

A força do pensamento junguiano é a compreensão do homem. Para isto, é necessário investigar e entender a maneira como articula suas preocupações sobre a vida, sobre seu o destino e sua história psíquica a fim de manter-se  mentalmente saudável.

fontes:

AVENS, Roberts. Imaginação é Realidade. Petrópolis: Vozes, 1993.
DEELY, John. Semiótica Básica. São Paulo: editora Ática, 1990.
JUNG, Carl G. A Dinâmica do Inconsciente. Obras completas, vol. VIII. Petrópolis: Vozes, 1984.
____ Tipos Psicológicos. Obras completas, vol. VI. Petrópolis: Vozes, 1991.

sábado, 1 de setembro de 2012

ARTE-TERAPIA OU ARTETERAPIA?


Encontramos os títulos “Arte-Terapia” em vários sites e blogs. Esse título, ora está escrito com hífen como está neste blog, ora emendado como em tantos outros. Isto traz dúvidas sobre a forma correta de escrevê-lo.

Para dizer a verdade, ambos estão corretos. Mas, a presença do hífen em um e não no outro apenas define o tipo de orientação ou linha psicológica que os terapeutas seguem. 

Para esclarecer esta confusão, é preciso dizer que existem duas linhas diametralmente oposta sobre a mesma função: a linha "interpretativa" e a linha "não interpretativa".

A ARTETERAPIA segue a "linha interpretativa", ou seja, tudo o que é produzido é analisado e interpretado pelo terapeuta. Esta linha segue os preceitos da Psicanálise  criada por Sigmund Freud e como fazia o Dr. Osório César.

Sigmund Freud

Já a ARTE-TERAPIA segue a linha não interpretativa. O material produzido serve para que o terapeuta entenda o conteúdo criativo sem que haja a interpretação. Todas as explicações, implicações e relações entre os elementos que aparecem nas produções artísticas são esclarecidas pelo seu próprio autor ou criador. Esta linha segue a corrente da Psicologia Analítica criada por Carl Gustav Jung e divulgada no Brasil pela Dra Nise da Silveira.

Carl Gustav Jung

domingo, 26 de agosto de 2012

UMA ESCULTURA VERSÁTIL

Olá, minha gente! 


Hoje, trouxe para vocês uma novidade. Foi um sucesso entre os meus pimpolhos. Para confeccioná-la basta um círculo de tamanho razoável e recortá-lo em espiral, de fora para dentro. Feito isto, é só jogá-la sobre a mesa e pronto. A escultura já está pronta. Fácil, não é mesmo?

O melhor de tudo está na brincadeira das crianças tentando imaginar o que podem estar representando: um bicho, um objeto, um não sei o quê. E nesta brincadeira de imaginar, trabalha-se a criatividade e a abstração.


          

 


Espero que gostem desta ideia! Depois, é só deixar que as crianças se divirtam!